Carnaval 2022 em Vitória : desfile Chegou o que Faltava

Desfile Chegou o que Faltava no Carnaval de Vitória - carnavalnobrasil.com.br
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Carnaval no Brasil

Carnaval 2022 em Vitória : desfile Chegou o que Faltava

A Chegou o que Faltava de Goiabeiras cantou forte o samba o enredo “Chegou a realeza dos campos dourados que alimentam a história. Sustento da vida”, do carnavalesco Marcelo Braga, no segundo dia de desfiles do Carnaval de Vitória no Sambão do Povo. A escola fez passeio pela história, mitos e lendas envolvendo o milho e até mesmo temas econômicos na passarela.

A escola teve entre seus componentes David Brasil, que deu show de samba e simpatia. A fantasia dele significava o DNA da transformação. “Foram dois anos bem atípicos, mas a escola contribuiu com a comunidade, nos tornamos ainda mais parte de Goiabeiras. Nosso Carnaval está lindo, mas é mais do que isso, não é só Carnaval. É o Carnaval, é a comunidade, é cultura, é emprego e dignidade”, destacou o presidente Rafael Cavalieri.

A comissão de frente, trabalho do coreógrafo Murilo Alves, encantou o público dando vida aos espantalhos. Se na lavoura o papel do espantalho é fazer com que pássaros fiquem longe do milharal, na proposta de desfile, os simpáticos bailarinos tinham a missão de espantar a tristeza. E cumpriram com louvor!

Logo a seguir, o pavilhão da escola veio defendido pelo primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rodrigo Mattos e Andressa Cadette. A fantasia deles representava o sustento da vida.

O primeiro setor da escola trouxe os povos da chamada Mesoamérica: tribos dos Quiches, dos Otomis, dos Mixtecas, Olmecas, Toltecas, Maias, Astecas e Incas, que guardavam uma profunda relação com o cereal tema da escola. Os ritos de adoração ao milho, cultuado por esses povos, inspirou o carro abre-alas da Chegou, batizado de “Civilização Sagrada”, trazendo muito dourado para o Sambão do Povo.

À frente da alegoria, o esplendor de Emmanuelle Oliveira, destaque de chão, membro da diretoria da escola e apaixonada pela Chegou há dez anos. “Esse ano eu fui premiada com o abre-alas. Conduzir a minha escola pela avenida é uma honra muito grande. Viemos para subir”, garantiu a musa.

As baianas vieram vestidas de divindade: o deus asteca Quetzalcoál, representado no formato de uma serpente alada, que tinha relação com a vida, a vegetação, os alimentos e a força espiritual.

Jamila Alvarenga reinou absoluta e com muito luxo à frente da bateria da escola. O costeiro, repleto de penas de faisões, chamou a atenção e produzia um belo efeito com a evolução dela. A rainha entrou com a missão de representar o enredo da Chegou o Que faltava, trajando a fantasia “Eu sou o milho”.

Os comandados de mestre Fernando Marins, que ao longo do ano são responsáveis por diversas ações sociais na região de Goiabeiras, desfilaram como semeadores da terra, uma homenagem aos agricultores.

Na passarela, eles semearam muito samba, com bossas bem executadas e que empolgaram o público. Destaque para a levada de xaxado executada junto com o samba pela Ritmo Nervoso, que trouxe triângulos entre os componentes. No carro de som, os dois cavaquinhos e o violão ganharam a companhia de uma sanfona e um triângulo.

Logo atrás dos ritmistas, a ala que risca o chão com muito samba no pé: passistas deram show representando a divindade asteca do milho, chamada Centeotl.

O segundo setor da escola desembarcou no Brasil, pois os povos originários das terras brasileiras também conheciam o cultivo do milho. Não faltaram referências às religiões de matrizes africanas, para as quais o cereal também é muito importante.

A segunda alegoria da escola veio representando uma das mais tradicionais manifestações da cultura popular brasileira: as festas juninas, onde o milho é o principal ingrediente de diversas preparações.

O terceiro setor da escola veio mostrando a versatilidade do milho: na literatura, no cinema, na produção de bebidas, no artesanato. Entre as alas, estava a Velha Guarda da escola, composta por parte dos integrantes que batizaram a agremiação. Eles representavam o “combustível para a vida”.

Encerrando o desfile, a última alegoria da escola “Alimentando a história”, fazia uma analogia com o tempo e com a tecnologia.

Fotos desfile Chegou o que Faltava no Carnaval de Vitória

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