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Santos Carnaval 2025 : primeiro dia de desfiles na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz

Santos Carnaval 2025 : primeiro dia de desfiles na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz

Santos Carnaval 2025 : primeiro dia de desfiles na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz

. Sortimento Carnaval no Brasil . Desfile das Escolas de Samba em Santos / SP . Romaria, desafios da natureza, personagens da infância, homenagem a uma cidade de fora da Baixada e outros temas empolgantes… além de uma chuva rápida que não assustou ou desanimou ninguém. Foi assim que Santos abriu alas para o Carnaval 2025 na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz (Zona Noroeste). Imperatriz Alvinegra, Vila Mathias, Unidos da Zona Noroeste, Bandeirantes do Saboó, Mocidade Amazonense, X-9 e Real Mocidade Santista abriram os desfiles, entre a noite de sexta (21/02) e a madrugada de sábado (22/02).

CORTE CARNAVALESCA
Entoando o convite “Vem pro samba, vem sambar. Todo samba é a voz do sambista”, a Corte Carnavalesca deu início à festa exatamente às 20h06, na passagem comandada pelo carisma e simpatia do Rei Momo Jeorge Dias Karwaski, Rainha Danielle de Lima Santana, Princesa do Carnaval Priscila Dias da Silva, Cidadão Samba Edson Ferreira e da Cidadã Samba Marcia Oliveira.

IMPERATRIZ ALVINEGRA
A Imperatriz Alvinegra, agremiação de São Vicente, foi a primeira a se apresentar. Com início às 21h03, a escola levou para a avenida o enredo ‘Suzano! Bandeira de todas as cores… no peito um só ideal’, exaltando o município da Região Metropolitana de São Paulo. O desfile da agremiação do grupo de acesso, sob a batuta do carnavalesco Sérgio Daguiã, contou com cerca de 700 componentes, distribuídos em dez alas e dois carros alegóricos.

A escola levou representações coreografadas e lúdicas sobre raízes e riquezas de Suzano, marcada desde a colonização, a produção da celulose – maior atividade financeira da cidade – até os seus pontos imponentes, como a grandiosa Igreja de São Sebastião.

VILA MATHIAS
“A mãe terra chora”. Segunda escola a entrar na Passarela do Samba, às 22h06, a Vila Mathias buscou um tema atual, falando de guerra e destruição da natureza. Narrou na avenida desde a criação do mundo, conforme a história bíblica, até a destruição provocada pelos sucessores de Adão e Eva. O enredo ‘Gênesis – O que Deus criou, o homem devastou’ teve como carnavalesco Hélcio Eduardo. A agremiação desfilou com cerca de 800 componentes, distribuídos em 12 alas e dois carros alegóricos.

O preto foi o tom da entrada – lembrando as trevas antes do surgimento da luz. Contraste, logo em seguida, com cores, brilho e tom dourado. A ala dos guerreiros veio precedida do carro alegórico com alusão à morte e ao pecado, com os dizeres “Aqui jaz a paz” e “Aqui jaz o amor”. No final, um tom de esperança: “Podemos seguir mais além / Basta acreditar e semear o bem!”.

UNIDOS DA ZONA NOROESTE
Trazendo o fundo do mar à passarela, com simbolismos e uma declaração de amor à cidade, a Academia de Samba Unidos da Zona Noroeste entrou na avenida às 23h11 com o enredo ‘Santos: o mar que pulsa na avenida – o legado do Peixe na alma santista’. Com Luiz Rodrigues como carnavalesco, a escola teve 750 componentes, divididos em dez alas e dois carros alegóricos.

A emoção tomou conta da arquibancada após a agremiação trazer representações desde elementos do pescado e do time de futebol à economia, enquanto exaltava paisagens naturais e tradições atemporais da Cidade. Enquanto o icônico monumento da entrada de Santos, que leva o formato de peixe, passava pelas frisas da passarela em um carro alegórico, o público cantava em conjunto a frase do samba enredo: “Santos, eu amo você”.

BANDEIRANTES DO SABOÓ
Quem estava com fome depois da meia-noite e teve um pouco de sorte, não perdeu por esperar. A Bandeirantes do Saboó entrou na avenida aos 13 minutos deste sábado (22) jogando saquinhos de um ícone da culinária caiçara: o pão de cará.

De volta ao grupo especial depois de dez anos, a agremiação fez uma aposta na tradição e no humor com o enredo ‘Cará: O Rei do Meu Carnaval’. Com a assinatura da carnavalesca Edilene Florentino, desfilou com mil componentes, 13 alas e quatro alegorias.

MOCIDADE AMAZONENSE
Um livro que leva o leitor a uma viagem lúdica pelas lendas folclóricas. Parece mentirinha, mas o público das arquibancadas viu, à sua frente, personagens do nostálgico Sítio do Pica-Pau Amarelo e do folclore brasileiro ganharem vida aos seus olhos. Emilia, a boneca falante, a caipora e o saci-pererê transformaram suas histórias em verdadeiras aventuras.

A escola de Vicente de Carvalho (Guarujá) realizou uma homenagem ao imortal escritor Monteiro Lobato, enquanto representava brincadeiras de criança. Durante sua passagem, a bicampeã do carnaval santista (1992 e 2009) apostou na tríade de alegorias coloridas, com três das 15 alas coreografadas, e cerca de 1,2 mil componentes na avenida.

X-9
“Uma chuva de bênçãos”. Essa foi a leitura feita por parte da nação xisnoveana com relação à ‘cortina’ de chuva que caiu na passarela quando a X-9 entrou, às 2h38. A fé foi o norte do desfile da agremiação. Com citações de clássicos de Luiz Gonzaga, a escola entrou na avenida com romeiros e mãos em prece.

O pedido de bênçãos de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, inserido no enredo, fez a chuva parar no meio do desfile. Buscando seu vigésimo título, trazendo bebês (em carrinhos), crianças e cães, a Pioneira apresentou o enredo ‘Peregrinos de Fé. Oh Mãe Negra… Meu Samba é Minha Oração’, do carnavalesco Amauri Santos. A escola veio com 1,4 mil componentes distribuídos em 18 alas, três carros alegóricos e um quadripé.

REAL MOCIDADE
Fechando a primeira noite de desfiles com chave de ouro, ou melhor, com a união entre o baião e o Carnaval, a Real Mocidade, do Marapé, levou contagiantes canções do forró em uma homenagem ao tradicional rei do ritmo musical nordestino, Luiz Gonzaga, cuja morte completou 35 anos em agosto de 2024. A escola se apresentou com 1,3 mil componentes, distribuídos em 14 alas e três carros alegóricos.

Para a celebração, o encanto do sertão tomou conta da passarela para encantar os foliões com o legado de Gonzaga e o DNA do nordeste brasileiro, passando por um tributo pela literatura de cordel e a alegria de uma quadrilha junina, com o colorido de suas roupas originais.

No sábado, a partir das 20h, o sambódromo recebe as oito agremiações: Brasil, Dragões do Castelo, Padre Paulo, Império da Vila, Independência, Unidos dos Morros, União Imperial e Sangue Jovem.

Fonte : Prefeitura Municipal de Santos