Santos Carnaval 2025 : segundo dia de desfiles na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz
. Sortimento Carnaval no Brasil . Desfile das Escolas de Samba em Santos / SP . Das lendas e mistérios que permeiam o folclore brasileiro à primeira cidade do País. Passando pelo encanto do cinema e entretenimento da TV, as delícias do mel e ardência da pimenta. O público vibrou com a segunda noite dos desfiles do Carnaval de Santos 2025, entre sábado (22/02) e domingo (23/02), com as últimas oito escolas que se apresentaram na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz.
Brasil, Dragões do Castelo, Padre Paulo e Império da Vila vieram pelo Grupo de Acesso. Depois, no Grupo Especial, desfilaram Independência, Unidos dos Morros, União Imperial e Sangue Jovem.
Na noite anterior, já haviam se apresentado Imperatriz Alvinegra, Vila Mathias, Unidos da Zona Noroeste, Bandeirantes do Saboó, Mocidade Amazonense, X-9 e Real Mocidade Santista. A grande campeã será conhecida na terça-feira (25), a partir das 12h, no Teatro Municipal Braz Cubas (Avenida Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias). Quatro julgadores vão avaliar nove quesitos: bateria, harmonia, evolução, enredo, samba de enredo, fantasias, alegorias e adereços, mestre-sala e porta-bandeira, e comissão de frente.
BRASIL
Primeira escola a desfilar pelo Grupo de Acesso neste sábado, a Brasil abriu a noite apresentando o enredo ‘Lendas, mistérios e crenças de um povo Brasil’, explorando as origens do povo brasileiro, com toda sua diversidade cultural e natural, destacando suas lendas, mistérios e crenças.
Com cerca de 800 componentes em nove alas e dois carros alegóricos, a agremiação trouxe para a avenida a essência ancestral do país, ressaltando a grandeza, o amor aos mistérios e a força da fé de um povo. Mostrou os encantos das águas, as lendas, crenças e devoção que emerge dos rios de norte a sul. A composição do samba-enredo é de Junior Bicalho, Renato da P.A, Sandro Simões e Victtor Pimentel.
DRAGÕES DO CASTELO
A Dragões do Castelo veio com o enredo ‘Aláfia – Onan; num clamor de paz, respeito e liberdade’. Com 800 componentes, dez alas e suas alegorias, a escola apresentou, em suas dez alas e duas alegorias, a pedra que simboliza a paz, um dos oráculos de ifá (sistema de oracular originado na Nigéria).
Grito poderoso contra a intolerância religiosa, o desfile foi desenvolvido após a escola descobrir que a palavra que a rege é ‘Aláfia-Onan’ – pedra que simboliza a paz e a liberdade.
PADRE PAULO
‘Verde branco e dourado o meu pavilhão sou Padre Paulo para sempre tradição 50 anos de um caso de amor brilha Mocidade com seu esplendor! Foi com o refrão do samba enredo na ponta da língua que os integrantes da Mocidade Independente de Padre Paulo entraram na avenida com muita animação. Com o enredo ‘Glórias do Cinquentenário! Sou Mocidade, para sempre Tradição’, a agremiação trouxe a história dos 50 anos de glórias e alegrias da heptacampeã do carnaval santista, originária do Estuário.
Os 800 componentes, divididos em 11 alas, um carro alegórico e um quadripé, apresentaram os momentos felizes da sua história, contando toda trajetória, onde cada ala, alegoria e detalhe representaram um pedaço da caminhada.
IMPÉRIO DA VILA
Com a releitura de um clássico samba-enredo de 2011, a Império da Vila levou à Passarela do Samba o enredo ‘É melado e é gostoso, a seiva da vida’, que conta a história do mel, seus benefícios e importância para a humanidade.
O samba foi composto por Paulo da Magia, Makumba, Ademarzinho do Cavaco, Makumbinha, Paulinho Chiclete e Toninho 44. A escola contou com mil componentes divididos em 13 alas e duas alegorias.
INDEPENDÊNCIA
Abrindo o desfile do Grupo Especial no sábado, a Mocidade Independência, única representante de Cubatão, entrou na avenida pegando fogo. Com o enredo ‘Malagueta’, trouxe para a Passarela do Samba uma viagem através da história da especiaria, que, além de quente, é conhecida por ser forte, afrodisíaca e ardente, trazendo um ingrediente importantíssimo de proteção, na culinária e para muitos rituais mágicos.
Com 14 alas e três carros alegóricos, os cerca de 1.500 componentes contaram a origem da pimenta malagueta, seu uso em cultos indígenas e africanos, sua disseminação pelo mundo com alto valor de troca e, por fim, seu papel na culinária. O samba-enredo foi composto por: Fernando Negrão, Gustavo Santos, Nikinha, Márcio Arcas, Joãozinho Oliveira e Lúcio Nunes e teve como intérprete Hermes Sobral.
UNIDOS DOS MORROS
A agremiação da ‘cidade alta’ apresentou na Passarela Dráuzio da Cruz o enredo ‘Quem te viu quer “TV” – Cultura, Educação e Samba no Pé!’, uma homenagem à TV Cultura. Unindo educação e diversidade a muito samba no pé, a Unidos dos Morros pontuou algumas das principais referências que marcaram a trajetória da emissora, embalada por 1.800 componentes, 16 alas e três alegorias.
Destaque para atriz Rosi Campos, que reviveu sua personagem icônica, a maga Morgana, no carro-alegórico que celebrava a premiada série infanto-juvenil Castelo Rá Tim Bum.
UNIÃO IMPERIAL
Luzes, câmera, ação!!! Trazendo a magia da sétima arte para a avenida, já na madrugada do domingo, a União Imperial, a Águia do Marapé, veio com o enredo ‘A Verde e Rosa conta: A Magia dos Campeões de Bilheteria’, convidando os foliões a entrarem numa sala de cinema, o ‘Cine União’, e se transportar para o mundo imaginário e encantador da cinematografia.
Enveredado pelo selo de Cidade Criativa na categoria Cinema, conferido pela Unesco à cidade, a agremiação trouxe os clássicos e maiores sucessos de bilheteria nacionais e internacionais. Os 1.400 componentes, caracterizados como personagens de grandes filmes, protagonizaram um verdadeiro ‘set de gravação’ a céu aberto, fazendo o público relembrar os grandes sucessos das telonas. Um dos destaques do desfile foi a madrinha de bateria, Sheila Mello, musa do ‘É o Tchan’.
SANGUE JOVEM
São Vicente foi representada no desfile da Sangue Jovem. Sob o enredo ‘Gohayó à Celula Mater – A raiz de uma nação’, a agremiação celebrou os 500 anos de história da primeira vila do Brasil e sua importância na formação da identidade brasileira.
Com um verdadeiro mergulho na história, desde os tempos em que suas terras eram denominadas de Gohayó e habitadas pelos povos Tupiniquim e Tamoio, até a chegada dos portugueses em 1532, a Sangue fechou os desfiles do Carnaval de Santos 2025 com 1.200 componentes, 14 alas e três alegorias.
Fonte : Prefeitura Municipal de Santos | Fotos : Henrique Teixeira, Marcelo Martins e Raimundo Rosa